terça-feira, 29 de dezembro de 2009

REFERÊNCIA

O texto abaixo é de autoria do pastor Caio Fábio de Araújo Filho.
Como quase sempre, não?
O website do Caio pode ser encontrado em http://www.caiofabio.com.br/.
Se você é leitor, ou leitora, deste blog, sabe que recomendo a leitura.
Paz e Bem!

DEUS É ALEGRE E EU QUERO SER TAMBÉM!..

Deus é alegre.
Deus é feliz.
Deus é amor.
Ora, o amor é feliz, se alegra, exulta, come e bebe contentamento, até quando não há razões externas; posto que a alegria do amor não venha de baixo, mas de cima... Sim, vem do alto; vem de Deus; e não depende de mais nada além da felicidade de Deus, da paz de Deus e do Gozo do Amor no qual Deus É.
Afinal, se Deus me manda ser alegre, grato e contente, é porque Ele mesmo é assim...
Deus grato?...— que blasfêmia!
Grato a “Quem”?..
Não sei como é..., mas sei que Deus é grato assim como Jesus demonstrou gratidão sempre.
Ora, se Deus se entende com Deus por mim, segundo o patriarca Jó; e se Jesus disse que Deus é manso e humilde de coração...; e se Paulo disse que Deus se submeteu a Deus em Jesus — então, para mim, é simples crer que Deus seja também grato e feliz.
Afinal, a alegria do Senhor é a nossa força!
Toda a tônica da Escritura quando se trata de bem-aventuranças, sempre nos remete para a alegria.
Os salmos são convites regulares e freqüentes à alegria, ao salmodiar, ao fazer poesia para Deus e para a vida...
Os Profetas sempre dizem que o sinal da reconciliação do homem com Deus implica em alegria, em festa, em folguedo, em dança, e baile de gratidão.
No Evangelho tudo é alegria, até a lágrima que faz o coração estranhamente feliz: uma verdadeira bem-aventurança.
Sim, até o fim do mundo deve ser visto com exultação prospectiva, pois, se crê que haverá novos céus e nova terra.

Segundo Jesus, a grande resposta do homem à calamidade, à perseguição que aconteça em razão da verdade e da justiça, deve levá-lo para um lugar de exultação.
“Alegrai-vos”; “exultai”; “erguei as vossas cabeças” — são expressões que nos mandam abraçar a alegria mesmo que seja enquanto se foge, errantemente..., e sem chão no mundo...
Paulo nos diz que o grande poder na vida é contentamento sempre, é gratidão sempre, é a capacidade de poder tudo Naquele que nos fortalece; seja no tudo do tudo..., ou seja no tudo do nada...
Provavelmente o grito mais emblemático desse mandamento existencial da alegria venha do Profeta Habacuque, quando disse que deveríamos viver alegres com uvas ou com espinhos, com leite ou com lama, com pastos verdes ou na grama marrom da seca, tendo ou não tendo, ou até esperando e vendo a promessa mentir ou atrasar-se... — enfim, em qualquer circunstância; e sempre dizendo: “Ainda que seja tudo ruim, eu me alegro no Senhor, no Deus da minha salvação”.
No entanto, o contentamento, a alegria, a gratidão que vêm de Deus, só se estabelecem em nós com a invasão da eternidade no coração do homem, e com a consciência em fé que o faça transcender..., sim, na esperança da glória de Deus; pois, somente depois disso é que se dá o passo seguinte, que é aprendermos a nos gloriar nas próprias tribulações.
Em Paulo, sua maior exortação à alegria foi feita enquanto ele estava preso em um calabouço gelado e sem amigos...
Assim, saiba:
Você não tem que andar gargalhando...
Alegria não é gargalhada necessariamente...
Ao contrario, muitas vezes as alegrias mais profundas vêm nas correntes das lágrimas...
Entretanto, seja sorrindo seja chorando, a alma pode aprender a alegria e a serenidade exultante no espírito

Sim, pode; pois o Espírito da Vida habita em nós!
Nele, que viu o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficou satisfeito,
Caio

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ENCERRAMENTO

Esta é a postagem final de 2009. A última, antes de começar a anotar meus lamentos e uivos em 2010. Dois anos antes do final de uma era, segundo os maias.

Quando eu era criança, achava que, no longínquo ano de 2010, teríamos carros voando sobre nossas cabeças, quando, na verdade, temos apenas fuligem, desespero e o som de buzinas pairando sobre os topetes.

Achava que os robôs fariam o nosso trabalho, mas nós é que estamos nos transformando em máquinas.

Achava que a cultura e a comunicação teriam se espalhado, mas, ao invés disso, temos o Big Brother e a Casa dos Artistas.

Mas nem tudo está perdido. Tenha fé. Tenha esperança.

Quanto a mim, 2009 foi um ano bom e ruim, maravilhoso e terrível. Ganhei, perdi e empatei o jogo. Quebrei a perna, desloquei o ombro e uma costela me perfurou.

E chorei, todas as noites, de todos os dias. E ri, também.

Tenho novas piadas, novas histórias e, hoje, escrevo furiosamente, ao mesmo tempo em que tento manter meus olhos puros. Ou, pelo menos, bons.

Não sei como foi o seu ano. Mas tenho quase certeza de que, de certa forma, ele se pareceu muito com o meu. Mas, apesar dos pesares, das lágrimas e das pancadas, continuamos, não?

No meu caso, ainda me agarro à esperança de dias melhores, renovados.

No seu caso, torço para que você faça o mesmo.

Se você é leitor, ou leitora, deste blog, obrigado. Se visita pela primeira vez, apareça de novo. Se quiser, escreva. Se puder, leia os websites e blogs indicados.

Espero que o seu 2010 seja melhor.

Paz e Bem!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

RELIGIÃO É NAVALHA

Hoje, pela manhã, quase briguei com o meu barbeiro. Me contive à tempo, felizmente me lembrando de que não é muito sensato discutir, ou simplesmente deixar exataldo, com alguém que tem uma navalha na mão, junto ao seu pescoço!

Qual era o assunto da discussão?

Era um daqueles quatro temas que não se deve, nunca, jamais, em hipótese alguma, discutir: religião. Quais são os outros temas? Oras, futebol, política e orientação sexual.

É verdade: religião e navalha não combinam.

Quanto a mim, um pequeno informativo:

Em religião, eu sou cristão.

No futebol, eu prefiro que o Santos vença.

Em política, voto sempre na esquerda.

Quanto à orientação sexual, sou ortodoxo!

Meu barbeiro é crente evangélico e frequenta a Congregação Cristã no Brasil (se você é leitor, ou leitora, deste blog, sabe que faço parte de uma comunidade chamada Caminho da Graça).

A CCB é um dos grupos mais conservadores e ortodoxos na igreja evangélica brasileira. Lá, as mulheres usam coque ou cabelo comprido, saia e têm de usar véus durante os cultos.

Essa tradição vem dos ensinos do apóstolo Paulo sobre as mulheres, com base na antiga crença judaica sobre a inferioridade da mulher em relação ao homem.

No meu caso, sei o suficiente sobre homens e mulheres para entender que somos iguais, nem um melhor, e nem outro pior.

Infelizmente, a igreja evangélica ainda está manchada pelo pecado do preconceito, seja qual for a forma em que ele deseje se manifestar. E o resultado do preconceito é sempre o mesmo: segregação e, em última análise, violência.

O nosso problema está em compreender a Bíblia em seu sentido literal, sem nos atermos ao fato de que seus escritos foram produzidos por homens, e estes homens viviam em determinado tempo e lugar, sendo incapazes de se desvencilhar de sua história pessoal ao escrever.

Igualzinho a mim. E a você, também.

Paz e Bem!

REFERÊNCIA

O texto abaixo é de autoria do pastor Caio Fábio de Araújo Filho.

Como quase sempre, não?

O website do Caio pode ser encontrado em http://www.caiofabio.com.br.

Se você é leitor, ou leitora, deste blog, sabe que recomendo a leitura.

Paz e Bem!

PANDORA DEIXOU A CAIXA DO MUNDO ABERTA…

...A  esperança sumiu no ralo desta existência...
  
O mal feito pelos que governam tem o poder de corroer tudo abaixo...
Assim, os líderes mundiais inspiram os nacionais, e os nacionais aqueles que lhe são sujeitos...
A ONU inspira os líderes do planeta, que inspiram os presidentes das nações, que inspiram os governadores, que inspiram os Senadores, Deputados, Prefeitos, Vereadores...
A mesma influencia se espalha...
Atinge grupos religiosos, empresários, comerciantes, etc.
O povo simples olha e não entende nada...
É o câncer da podridão, da corrupção, da mentira e da ganância pelo poder...
Ora, o que daí decorre é podridão sempre!...
Então, pelo levedo da massa primordial espalha-se a coalhada podre...
O derrame é global...
Atinge a tudo e todos...
Até os crentes que dizem amar ficam cheios de ódio!...
E os que não amam se enchem de inveja e cobiça do mal...
No fim se fica assim...
Vai-se ao que se crê que sabe das coisas e vê-se que ele é estúpido...
Procura-se pelos que profetizam e conclui-se que eles estão vendidos...
Busca-se pelos que orem e constata-se de que cansaram de pedir algo melhor...
O cinismo cresce...
Os espíritos vão morrendo...
A esperança fugiu da caixinha antes que Pandora a fechasse...
Olha-se a volta e apenas se vê almas sem esperança...
Na falta de esperança cresce a violência [...] do desespero...
Pela falta de justiça cresce a impunidade e com ela a violência e o roubo se tornam o premio dos perversos...
É um mundo tão estranho que o Premio Nobel da Paz tem que se justificar da guerra e advogá-la [...] como Just War!
Sim, até o Gandhi do mundo contemporâneo tem arsenal nuclear e faz guerra...
Enquanto isto a loucura crassa...
Até mesmo uma ex-ministra de estado faz denuncias sobre a manipulação da indústria farmacêutica mundial...
Veja isto:
http://www.youtube.com/watch?v=JpOB4xkpjgQ
Depoimento da ex-Ministra da Saúde da Finlândia, Dra. Rauni Kilde.

Sim, parece que o mundo é de fato uma grande conspiração...
Ora, quem poderá dizer algo em contrario?...
Afinal, se o mundo tem um Príncipe e seus anjos invisíveis, por que não crer que nas conspirações de seus discípulos humanos?...
Os dias são maus...
Bem-aventurado seja aquele que preservar viva a esperança no Senhor!
Quem não viver em esperança não suportará...
Entretanto, não deve ser esperança no homem, mas Naquele que os homens rejeitaram...
Tudo o que espero vem Dele!...
Não tenho outra esperança senão o Senhor!
Nele viverei em pé e morrerei em glória.
Somente em Ti, Senhor, ponho a minha confiança!

Caio

ELAS NA BLOGOSFERA

Quando eu era adolescente, e, também, naqueles tempos inocentes antes da internet e dos malditos telefones celulares, eu adorava ler fanzines.

A palavra fanzine vêm do inglês, e é composta da aglutinação de duas palavras: fan e magazine, ou seja, fã e revista. Ou seja, eram publicações feitas por fãs de alguma coisa e os textos tratavam dessa coisa.

Segundo a mitologia, os fanzines surgiram na longínqua década de 1970, em um reino chamado Grã-Bretanha. Naquele local, havia surgido um exército de bandas de rock, que se autodenominavam punk.

Como a imprensa solenemente ignorava o punk rock, esse pessoal decidiu criar publicações alternativas, para divulgar shows de bandas, fotos e entrevistas. Eis que surgem os fanzines.

Com o tempo, os leitores e autores de fanzines passaram a escrever sobre outra coisa.

Eu publiquei fanzines sobre literatura e poesia. Mais tarde, uma pitada de política.


Mas, com o advento da internet, isso acabou. Agora, não temos mais fanzines, temos blogs.

Eu tenho lido muitos blogs e devo admitir: no geral, os mais legais, ou pelo menos, alguns dos mais interessantes, são escritos por mulheres.

Os temas variam de blog para blog. Temos poemas, confissões e histórias. Comentários sobre filmes e músicas.

Mas existe uma certa sensibilidade, que se traduz na forma como se escreve, que diferenciam estes blogs daqueles feitos por trogloditas como nós, membros do homo masculinus.

E não se engane, leitor: forma é importante, sim. O segredo é uma combinação legal de forma e conteúdo.

Alguns links que podem ajudar você a me entender, leitor, ou leitora:

A Ingrid quer falar : http://aingridquerfalar.blogspot.com/

Cem Anos de Diversão : http://www.cemanosdediversao.blogspot.com/

Sem Mini-saia : http://www.semminisaia.blogspot.com/

Tende Ânimo : http://tende-animo.blogspot.com/
 
Paz e Bem! 

CONFESSO...

... que sei que a Banda das Velhas Virgens tem músicas com letras machistas, que só falam de sexo e bebedeira e retratam as mulheres como objetos.

Mas é engraçado. E os caras tocam muito bem.

Então, paciência.

Paz e Bem!

Essa Tal de TPM

Velhas Virgens

Mas essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida
essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida

Eu não sei quem ela é, eu não sei o que fazer
Quando chega a dia dela
Minha mulher quer me bater
Eu disse quá quá quá,
Minha mulher não quer mais me beijar
Nhé, nhé, nhénhé
Minha mulher não faz mais cafuné

Mas essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida mas essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida

Minha mulher fica tão brava
Não quer nem ver minha sombra
Quando chega o dia dela
Minha mulher fica de tromba
Eu disse chi, chi, chichi
Ela só falto me cuspir
ô, ô, ôô
Ela não quer saber do meu amor

Mas essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida
essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida

Melhor ir pro futebol
Melhor sair pra pescar
Quando chega a tpm
Em minha casa eu não posso ficar
Eu disse não, não, não não
Não posso nem pegar na sua mão
Tchu, tchururu
Ela não quer saber do meu peru

Mas essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida
essa tal de tpm está arruinando a minha vida,
Bandida, bandida

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

AS DELÍCIAS DE NÃO SE IMPORTAR

"Permitam-me ser franco neste começo: vocês não vão gostar de mim. 
Os cavalheiros terão inveja; as senhoras, nojo.
Vocês não vão gostar de mim agora. Passarão a gostar menos com o tempo. 
Senhoras um aviso: quero transar. O tempo todo. Não estou me gabando nem opinando, é apenas uma constatação médica: eu sou promíscuo. E vocês me verão sendo promíscuo, e irão suspirar. 
Não façam isso. 
É melhor, para vocês, ver e tirar suas conclusões de longe... do que eu enfiar meu pênis dentro de sua saia. 
Cavalheiros, não se desesperem: também sou promíscuo com vocês, e vale a mesma advertência. Controlem suas ereções até eu acabar de falar. 
Mas, mais tarde, quando transarem, e mais tarde vocês vão transar... esperarei isso de vocês e saberei, se me decepcionarem... eu quero que transem com minha imagem em miniatura rastejando em suas gônadas. Sintam como era para mim, como é para mim... e pensem: “Este tremor foi o mesmo tremor que ele sentiu? Ele conheceu algo mais profundo? Ou existe alguma parede de miséria na qual todos batemos a cabeça... naquele momento luminoso e eterno?” 
É isso. 
Esse foi meu prólogo. Nada rimado, nada de falsa modéstia. Espero que não queiram isso. 
Sou John Wilmot, o segundo Conde de Rochester... e não quero que vocês gostem de mim". 




Discurso que dá início ao filme "O Libertino" (The Libertine, em inglês), que narra a vida de John Wilmot, o Segundo Conde de Rochester, um dos principais poetas da Restauração Inglesa. 


Rochester faleceu em 1680, aos 33 anos, vítima de sífilis, alcoolismo e depressão.

REFERÊNCIA

O texto abaixo é de autoria do pastor Caio Fábio e foi retirado de seu website.

O endereço é http://www.caiofabio.com.br

Recomendo a leitura!

Paz e Bem!

TEXTO DE CAIO FÁBIO

SIMPLES IMPLICAÇÕES DA FÉ EM JESUS


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, nada pode continuar a ser como tem sido; pois, se as coisas são conforme Jesus disse que elas são, implica que Deus é amor; é Pai; é Filho; é irmão dos homens; é Consolador; é a força que acompanha afirmando e emprenhando de esperança aquele que crê — ao mesmo tempo em que, se crêem em Jesus, precisam admitir que os corações dos homens serão julgados; e as aparências serão desvestidas até o que é verdade, pois, somente os atos do amor sobreviverão. 


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que no fim a recompensa é de quem foi feliz porque era humilde e ensinável, porque chorou os bons choros, porque dominou o coração contra os impulsos do ódio ou do descontrole, porque andou com o olhar limpo, com a vontade feita de paz, com a perseverança fundada na justiça, e com a alegria advinda dos céus — de onde terá vindo a redenção de quem creu, até o fim de tudo.


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, devem assumir que o mundo vai acabar; a natureza vai gemer até parir algo novo; as nações irão se odiar; os povos se ajuntarão apenas para a guerra; e a grande maioria amará muito mais a mentira que a verdade.


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, crêem também que Israel será Israel até que chegue o Dia de seu Pranto pelo Unigênito; e que guerras e revoluções acontecerão em toda parte; e que poder algum na Terra trará paz duradoura ao mundo até o fim.


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas também crêem que os vivos que crerem, quando soar a última trombeta, serão transformados, e, abduzidos por anjos, irão ao encontro do Senhor nos ares. Antes disso, porém, todos os que tiverem morrido no leito da fé na ressurreição, serão levantados da morte. Os mortos ressuscitarão primeiro. Depois os vivos serão transformados. Assim crêem os que crêem. 


O que as pessoas precisam saber é que se elas crêem em Jesus, então, elas crêem também que as coisas são como Jesus nos disse que elas são, foram e serão.


Se assim é, por que, então, conseguimos não ser nada do que dizemos crer? Ou será que de fato não cremos em nada do que confessamos com os lábios?


Ora, se você não crê em mais nada disso, então, diga: “Eu não creio em mais nada disso. Para mim Jesus é o Máximo, é meu guru, é meu poder; é o poder que me ensinaram e que funcionou pra mim.”.


Certamente seria ainda mais agradável a Deus!


Na realidade a maioria fica assim..., desse jeito de não-ser em Jesus, apenas porque já de inicio não admitem quem são de fato. Pois, como diz minha mulher: “Se alguém não é sincero com sua própria Queda, como o será com a Graça de Deus?


Nele, em quem fomos chamados para a OBEDIÊNCIA EM FÉ,


Caio

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

TRANSFORMA MEU PRANTO EM DANÇA

Nos Salmos, assim como em várias passagens do Antigo Testamento, existe a promessa de que Deus transformará nosso pranto em dança.

Ou seja, a noite da tristeza, por mais longa que pareça, tem um fim. E a manhã, esta manhã, trará alegria, dança e canto.

Há meses, vivo esmagado pela tristeza. Todas as noites, choro até dormir; e tenho vontade de arrancar meus dentes.


Se você é meu amigo, ou minha amiga, sabe do que estou falando. Falta apenas uma coisa. Um "sim" apenas.

Mas esse ano não vai terminar como começou.

E eu, Thiago, espero o amanhecer, o raiar do dia.

Paz e Bem!

LEMBRANÇAS DE ANIVERSÁRIO

Há alguns anos, antes da doença, eu celebrei meu melhor aniversário no Bar do Paulão, do lado da minha antiga faculdade.

Reservamos mesas e cadeiras, paguei algumas cervejas adiantadas e fui celebrar.

Eu tinha, ali, as melhores companhias do mundo.

Amigos e amigas.

E uma pessoa especial, que sorriu com aqueles imensos olhos azuis ao levar o bolo para a mesa.

Obrigado por ter passado. Desculpa por não ter feito você ficar.

Paz e Bem!

MUITO DINHEIRO NO BOLSO, SAÚDE PRA DAR E VENDER

E o que esperar de 2010?

Eu não faço planos mirabolantes, quase nunca, mas admito que, com frequência, me pego viajando em fantasias. Ora, é verdade!

Fantasias de como pode ser; fantasias de como poderia ter sido.

Mas, algumas vezes, eu percebo que estou indo meio longe, e volto. E crio pequenas expectativas com base no que já sei mais ou menos que vai acontecer.

Então...

Sei sobre o curso de Mestrado, sei sobre o meu trabalho, inclusive sobre as aulas programadas para as férias de janeiro, sei sobre este blog.

Sei sobre as leituras a fazer; sei sobre os filmes a assistir.

Também sei sobre os amigos a visitar e a beijar e abraçar. Sei sobre os convites que farei para tomar cerveja, comer pizza ou simplesmente ver um filme aqui em casa.

Sei dos amigos que vão me ligar e escrever.

Sei que vou ficar triste, que vou chorar. Mas também sei que ficarei alegre, que vou rir e gargalhar.

Só não sei sobre você, meu amor mais ou menos secreto; só de você não sei o que esperar.

Se brigamos, gostaria que nos reconciliássemos.

Se não nos vemos mais, queria colocar a distância de lado e, mais uma vez, me perder em seus olhos.

Mas, eu não sei...

Ainda assim, mesmo depois de tudo...

Paz e Bem!

UMA EXPLICAÇÃO

Na última postagem,tentei fazer comentários apenas sobre o assunto do texto, ou seja, a cinehagiografia de João Paulo II.

Procurei evitar comentários sobre a pessoa do papa, uma vez que existem análises sobre o tema que, em milhões de anos-luz, ultrapassam qualquer insight que eu possa oferecer no momento.

Reconheço sempre minhas ilimitadas limitações.

De qualquer forma, se você, leitor ou leitora, tiver interesse em saber mais sobre o tema, abaixo ofereço dois links com especiais sobre a vida e o pontificado de João Paulo II que podem ajudar a dar início a uma pesquisa.

Em http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Jo%C3%A3o_Paulo_II, o leitor, ou leitora, encontrará várias informações disponíveis na enciclopédia virtual Wikipédia.

Em http://www.cancaonova.com/portal/canais/especial/jp2004/ , há bastante material sobre o papa, organizados pela Comunidade Canção Nova.

Boa leitura.


Paz e Bem!

"KAROL"

Assisti ao filme "Karol, o homem que se tornou Papa". Trata-se de uma minissérie feita pela televisão italiana em 2005. No Brasil, o filme foi lançado direto em DVD, em edições duplas (dois discos), e agora, em DVDs individuais.

"Karol" é a cinebiografia do padre polonês Karol Wojtyla, imortalizado na História como o Papa João Paulo II, o primeiro não-italiano a chegar ao pontificado romano em 455 anos, e o  terceiro papa que governou a Igreja Católica por mais tempo. Seu pontificado durou 26 anos.

O filme, bastante longo, por tratar-se de uma minissérie para TV condensada, narra a vida de Wojtyla a partir da invasão nazista à Polônia - ato que daria início à Segunda Guerra Mundial - em 1939, até a eleição de João Paulo II ao papado, em 1978.




No filme, vemos a atuação de Wojtyla, um estudante de teatro e poeta, na resistência pacífica à ocupação nazista, e, depois, já como sacerdote, seu trabalho na Polônia pós-guerra, país que passara a ter um governo "comunista" imposto pela ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), de memória um tanto manchada.

Segundo o filme, que foi bastante cuidadoso ao tratar apenas da vida de Wojtyla antes do início de seu pontificado, a atuação do futuro papa estava centralizada na luta pelos direitos humanos, sistematicamente desrespeitados pelos governos poloneses no período.

Infelizmente, trata-se de uma hagiografia, ou seja, quase que a biografia de um santo, e não um relato sobre a vida de um homem.

Ainda assim, o filme possui vários momentos emocionantes e a dedicação dos atores em oferecer um retrato do período histórico pode ser eleogiada.

Recomendo! De coração!

Paz e Bem!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

QUAL É A SUA ESCOLHA?

"O homem existe entre Deus e o Vazio. E ele deve escolher"


René Descartes, filósofo francês

LEMINSKI

Acabo de adicionar aos links de Com outros olhos o endereço de um blog que é uma coletânea de materiais (poemas, textos, vídeos e outros) do imortal poeta curitibano Paulo Leminski.

O endereço do blog Poemas de Paulo Leminski é:

http://pauloleminskipoemas.blogspot.com/

Se você ainda não conhece, que tal dar uma olhada?

Paz e Bem!

REFERÊNCIA

O texto abaixo, de autoria de Henri Nouwen, um dos gigantes da espiritualidade cristã do século XX, foi retirado do website do Blog do Caminho.

O endereço do blog é http://www.blogdocaminho.com.br/

Recomendo a leitura.

Paz e Bem! 

DOAR, DAR

Ninguém é tão pobre que não tenha o que dar, ou tão rico que não tenha o que receber. Não é possível pensar em paz enquanto o mundo permanece dividido em dois grupos: os que dão e os que recebem. A verdadeira dignidade humana encontra-se tanto em dar quanto em receber. Isso se aplica não só aos indivíduos mas também às nações, culturas e comunidades religiosas. Uma verdadeira visão de paz testemunha uma reciprocidade contínua entre dar e receber. Não deixemos de perguntar a nós mesmos o que estamos recebendo daqueles a quem damos antes de fazê-lo, e nunca recebamos antes de perguntar o que devemos dar àqueles de quem recebemos.

Dar é muito importante: dar discernimento, esperança, coragem, conselho, apoio, dinheiro e, acima de tudo, dar-nos a nós mesmos. Sem dar não há fraternidade e irmandade. Mas receber é igualmente importante, porque ao fazê-lo revelamos aos doadores que eles têm algo a oferecer. Quando dizemos “obrigado, você me deu esperança; obrigado, você me deu uma razão para viver; obrigado, você permitiu que eu percebesse meu sonho”, fazemos os doadores se conscientizarem de seus dons únicos e preciosos. Às vezes é apenas nos olhos dos que recebem que os doadores descobrem esses dons.

Henri Nouwen

QUASE ENCERRANDO

Decidi que este ano não iria terminar como começou. Ou seja, ao baixarem as cortinas de 2009, eu seria pelo menos um pouquinho diferente do que aquele cara que abraçou janeiro.

Tomei esta decisão meses atrás, depois de uma série de quedas, fracassos e decepções.

Não uma, nem duas, nem muitas. Apenas o número suficiente de decepções.

Nem sempre faço o que devo, eu admito.

Nem sempre, faço o que posso.

E, infelizmente, por mais estranho que pareça, nem sempre faço o que quero.

Mas, acho que consegui. Ou, pelo menos, estou caminhando com passos mais firmes, com alguma idéia do destino e, tendo a humildade de parar um pouco à beira da estrada, quando me sinto cansado demais para continuar, ou quando o caminho desaparece devido ao mal tempo, aos mal-entendidos.

Nesse momento, quando falta até mesmo a vontade para dar mais um passo, peço estalagem e santuário.

Não, não é verdade.

Ainda não consegui. Ainda não estou lá. Mas algumas coisas ficaram mais claras, algumas feridas ficaram menos doloridas, e algumas dores, mais engraçadas.

Simplesmente, estou a caminho.

Paz e Bem!

domingo, 13 de dezembro de 2009

"O PADRE" & UMA REFLEXÃO SOBRE PERDOAR

Acabo de assistir o filme "O Padre", (Priest, no original), uma produção inglesa de 1994. No elenco, temos alguns autores britânicos de renome, como Tom Wilkinson e Robert Carlyle (ambos trabalharam juntos posteriormente no sucesso "Ou tudo ou nada").

Admito que vi o filme por meio de uma indicação de uma amiga, a Dona Mirtes, uma das proprietárias de uma vídeolocadora aqui onde moro. Ela conhece o meu gosto por filmes com temática religiosa e, por isso, vive comprando filmes desse tipo para a locadora e me indica todos, assim que vão chegando.

Obrigado, Mirtes!

Os filmes com temática religiosa, tanto os que abordam o tema de forma explícita, como os que não o fazem, estão na moda. Atualmente, podemos visualizar claramente três tipos de filme nesse gênero.

A primeira categoria seria os de filmes católicos, como é o caso de "O Padre" e "A Paixão de Cristo", por exemplo.

A segunda categoria seriam os filmes evangélicos, como "Desafiando Gigantes", "A Virada" e "O Pastor", apenas para citar alguns.

A terceira categoria seria a dos filmes que abordam temas religiosos, mesmo que de forma implícita. Exemplos disso seriam os filmes "Presságio" e "2012", que tratam da questão do fim do mundo, mesmo que prefiram explorar o assunto, eminentemente uma questão religiosa, por meio da ciência.



Em "O Padre", o espectador acompanha a trajetória de um padre enviado à uma comunidade inglesa de baixa renda, para ajudar outro clérigo na paróquia local.

Aos poucos, por baixo da neblina da "santidade" atrás do qual a maioria de nós, cristãos, gosta de se esconder, vamos percebendo a existência de erros e pecados, todos auto-justificados por aqueles que os cometem. Vemos um padre gay, um padre que vive com uma mulher e um caso de incesto entre pai e filha.

No caso do padre gay, sua orientação sexual torna-se assunto público após um incidente com a polícia, e ele é rechaçado pelo seu superior na Igreja e pela própria paróquia, com a qual havia trabalhado.

Neste filme, em termos gerais, temos dois temas principais:

Em primeiro lugar, existe a questão dos direitos dos homossexuais, hoje um assunto bastante avançado em alguns países, uma vez que é alvo, inclusive, de uma série de políticas públicas no combate à discriminação baseada em opções sexuais.

Quanto a este tema, não sou expert, e por isso, me abstenho de comentar.

A segunda abordagem diz respeito à discussão sobre os dogmas impostos pela Igreja Católica Apostólica Romana, tanto aos fiéis, como aos seus padres. Dentre eles, podemos citar questões controversas, como a infalibilidade papal, o celibato e a interdição de mulheres, e homens casados, ao sacerdócio.

Como não sou católico, também não farei comentários a respeito.

Mas o que quero comentar aqui é a questão mais interessante para mim, ou seja, o terceiro ângulo pelo qual o filme pode ser percebido: a dificuldade que as pessoas ditas "cristãs" têm em exercer dons tão importantes como o perdão e a reconciliação.

Após ser exposto como homossexual pela polícia e pela imprensa, o padre do filme é escorraçado de sua comunidade. Quando retorna, para celebrar uma missa, mais da metade dos paroquianos abandonam a igreja. E ele desaba em lágrimas, vítima da falta de amor e de perdão dos "irmãos em Cristo".

Porque, para nós, mesmo os que entre nós denominam-se como cristãos, é tão difícil perdoar?

Talvez porque seja bom transferir nossas culpas para um pobre coitado, ou coitada, que foi pego em uma contravenção maior que a nossa.

"Ufa! Ele está bem pior que eu. Graças a Deus, eu não sou como ele!", alguns de nós pensariam. "Eu mereço um tratamento melhor, afinal, Deus me livre, não fiz aquilo", concluiríamos.

Mas... será? Mesmo?

Quer dizer, como se poder ter certeza? E, além do mais, com que base nós hulgamos os erros dos outros, ao mesmo tempo em que, com tanta facilidade, justificamos os nossos próprios deslizes?

Eu não tenho uma resposta para isso. E, como tento ser um pouco mais como Cristo a cada dia, ele se torna meu referencial.

E suas palavras são simples, calmas e reconfortantes, mesmo quando estou perdido.

"Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra", ou "Não julgue, para que não sejais julgado". Ou o meu favorito, apesar de praticamente impossível de ser realizado na prática: "Deves perdoar o teu irmão até 70 vezes sete ao dia".

É isso. Estes são meus referenciais, meus princípios.

Paz e Bem!

REPORTAGEM

Aumento de número mortos pela polícia de SP é 'preocupante', diz ministro

Haroldo Ceravolo Sereza
Do UOL Notícias
Em São Paulo
    O ministro Paulo Vanucchi, secretário nacional dos Direitos Humanos, disse em entrevista ao UOL Notícias que é "preocupante" o crescimento no número de mortos pela polícia de São Paulo.

    Desde março, quando o assumiu o novo secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, São Paulo vem registrando um aumento nos casos das chamadas "resistências seguidas de morte".

    Segundo dados publicados pelo jornal "O Estado de S. Paulo", houve até outubro deste ano 499 casos de resistência seguidas de morte, número 34% maior do que o dos 12 meses do ano passado, 431.

    Na semana passada, a Organização Não Governamental Human Rights Watch publicou o relatório "Força Letal: Violência Policial e Segurança Pública no Rio de Janeiro e em São Paulo", que registra um total de 11 mil casos de resistência seguida de morte nos Estados do Rio e de São Paulo.

    Parte delas, na avaliação da ONG, pode ser de casos de "execuções extrajudiciais". A secretaria contesta a avaliação e diz que violência policial caiu pela metade desde 2003.

    Para o ministro, os números preocupam porque São Paulo era o "bom exemplo" diante do Rio, porque vinha reduzindo o número de mortes nesses confrontos. "Se isso reflete a mudança na secretaria de Segurança no Estado, é um mal sinal."

    "A boa polícia não é a que mata mais, mas a que faz declinar as ocorrências. O que tem ocorrido no Rio e em São Paulo é que tem havido uma elevação grave, no Rio continuamente, em São Paulo tinha melhorado, voltou a piorar? Elevam-se os números de mortes, mas não há uma correspondente queda nas ocorrências", disse o ministro.

    Vanucchi fez questão em vários momentos da entrevista de afirmar a importância da polícia na defesa dos direitos humanos.

    "Segurança pública é direito humano. É para quebrar de vez o velho bloqueio do período ditatorial, de que polícia é repressão. A polícia faz um trabalho essencial para os direitos do cidadão, que é impedir que as pessoas sejam vitimas de assaltos, balas perdidas, homicídios", completou.

    REFERÊNCIA

    O texto abaixo é uma reportagem sobre a proibição, pelo governo suíço, em se construir minaretes (torres das mesquitas muçulmanas) no país.

    A reportagem foi publicada pela revista alemã Der Spiegel e o texto foi capturado no website do portal UOL.

    O endereço eletrônico do portal é http://www.uol.com.br

    Paz e Bem!

    REPORTAGEM

    Medos da "Eurábia": até que ponto a Europa pode suportar Alá?

    Der Spiegel
     
    Andrea Brandt, Marco Evers, Juliane von Mittelstaedt, Mathieu von Rohr e Britta Sandberg

    A recente votação na Suíça que culminou na proibição da construção de novos minaretes chocou e enfureceu muçulmanos em todo o mundo. Mas a medida polêmica também reflete uma sensação crescente de desconforto entre outros europeus que sentem dificuldades em aceitar a visibilidade cada vez maior do islamismo.

    Na pequena cidade suíça de Langenthal, a batalha em torno dos minaretes tem sido travada, e não parece haver esperança de reconciliação entre vitoriosos e derrotados. "Eu me sinto vítima de abuso e ferido como pessoa", queixa-se Mutalip Karaademi. "Nós queríamos atingir um símbolo", afirma Daniel Zingg. "E nós o atingimos".

    Zingg impediu a construção do minarete desejado por Karaademi, e conseguiu fazer com que se tornasse ilegal a construção de qualquer outro minarete na Suíça. Ele foi um dos autores do texto do referendo que foi aprovado pelos suíços em 29 de novembro último, com 57,5% dos votos. Agora a constituição trará a seguinte sentença: "É proibida a construção de minaretes".

    A decisão suíça chocou a Europa e o mundo porque os seus desdobramentos vão bem além da construção de minaretes - eles dizem respeito também à identidade de um continente inteiro. Este foi um referendo sobre a percepção ocidental do islamismo como uma ameaça.

    A questão está gerando intensos debates: até que ponto a Europa preponderantemente cristã está preparada para aceitar o islamismo? A decisão tomada por este país alpino tradicionalmente tolerante revela o temor profundo quanto a um islamismo que está se tornando cada vez mais visível.

    Os imigrantes muçulmanos estão ameaçando os valores europeus? Esta é uma preocupação compartilhada por muitos europeus em todo o continente. Pesquisas de opinião conduzidas na semana passada revelaram que 44% dos alemães e 41% dos franceses opõem-se à construção de minaretes. E 55% de todos os europeus veem o islamismo como uma religião intolerante.

    A decisão dos suíços revelaria uma atitude que a maioria dos europeus também apoiaria caso tivesse oportunidade?

    Críticas veementes
    Isso explicaria também por que as críticas à votação foram tão veementes. O ministro francês das Relações Exteriores, Bernard Kouchner, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, os Estados Unidos e o Vaticano uniram-se nas críticas.

    Eles disseram que a votação suíça violou os princípios de liberdade de religião e de não discriminação. O ministro da Turquia na União Europeia pediu aos muçulmanos que invistam o seu dinheiro na Turquia, em vez de na Suíça, e o primeiro-ministro turco Tayyip Erdogan disse que o fato reflete "uma posição cada vez mais racista e fascista na Europa".

    Mas a votação foi bem recebida e comemorada em alguns blogs da Internet, e populistas de direita como o presidente do holandês Partido pela Liberdade, Geert Wilders, bem como o partido direitista francês Frente Nacional manifestaram a sua aprovação. Roberto Castelli, um político importante da italiana Liga Norte, afirmou: "Os suíços nos deram mais uma vez uma aula de civilização. Nós temos que mandar um recado forte para conter a ideologia pró-islâmica".

    Por ora, o que se conteve foi o minarete da comunidade religiosa muçulmana de Langenthal. Mutalip Karaademi, 51, um indivíduo de etnia albanesa que imigrou da Macedônia 26 anos atrás, está de pé em frente à instalação usada pela sua associação religiosa. O prédio é uma antiga fábrica de tinta na periferia da cidade. No topo há uma construção de madeira medindo 6,1 metros. Ela mostra a altura do minarete planejado. O primeiro minarete, que não pode ser construído.

    Karaademi é o líder da comunidade muçulmana local, cujos 130 membros vieram da Albânia, do Kosovo e da Macedônia. A pequena mesquita foi inaugurada 18 anos atrás. No início o minarete não era muito importante, diz Karaademi. Ele era simplesmente um complemento ornamental. Mas agora ele transformou-se em uma questão de princípios.

    Ele deseja tomar providências legais - se necessário, ir até ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos, onde é bastante possível que os juízes em Estrasburgo acabem revertendo a decisão constitucional suíça. Karaademi diz adorar a Suíça, que para ele é um modelo de país. "Mas esta proibição é racista e nos discrimina. É um escândalo para o mundo civilizado", queixa-se ele.


    A batalha de um só homem
    O tranquilo vencedor desta batalha é Daniel Zingg, 53, um homem calvo que usa óculos de metal. Ele está sentado em uma pizzaria em frente à estação ferroviária de Langenthal, e conversa em uma voz rouca e baixa. "Os minaretes, aquelas pontas de lança da Sharia, aqueles marcos de território recém-conquistado pelo islamismo, não podem mais ser construídos aqui", diz ele.

    "E, dessa forma, a Suíça resolveu um problema que já havia se tornado aparentemente insolúvel em outros lugares, tais como nas grandes cidades da Inglaterra e da França. É um fato bem conhecido que primeiro chegam os minaretes, depois os muezins, os indivíduos que convocam os crentes às preces, as burcas e, finalmente, a lei Sharia", diz ele. Segundo Zingg, a proibição não é dirigida contra os muçulmanos, embora seja verdade que "o Alcorão delega às pessoas a missão de islamizar o mundo, e os muçulmanos daqui não tem nenhuma outra missão, caso contrário, eles não seriam muçulmanos".

    Nos últimos 15 anos, Zingg tem dado palestras de apoio a Israel e contra o islamismo. Ele é um político do ultraconservador partido cristão do país, a União Democrática Federal, que recebeu 1,3% dos votos na última eleição. Ele nunca pôs o pé na mesquita da sua cidade porque ouviu falar que quem quer que ande descalço em uma mesquita torna-se muçulmano. Zingg não quer correr esse risco.

    Alguém pode perguntar como um homem como esse, cujas posturas radicais certamente não refletem a opinião majoritária na Suíça, foi capaz de obter uma maioria para a sua causa. Além disso, muita gente pode querer entender por que um país que tem pouquíssimos problemas com os seus cerca de 400 mil muçulmanos decidiu tomar uma medida tão drástica.

    Talvez os temores estejam aumentando e as demandas radicais estejam se tornando cada vez mais populares porque praticamente não há discussão política a respeito do lugar que o islamismo assumirá na Europa.

    Atualmente, vivem na União Europeia cerca de 15 milhões de muçulmanos, ou aproximadamente 3% da população. Mas este número é maior do que o registrado em qualquer período passado. Os imigrantes, muitos dos quais vieram como trabalhadores convidados década atrás, trouxeram o islamismo para a Europa.

    Será que a Europa ainda seria a Europa se, por exemplo, em 2050, a maioria da população mais jovem com menos de 15 anos de idade na Áustria fosse composta de muçulmanos? Ou quando, atualmente, o nome Muhammad (Maomé) já é o mais comum entre os garotos recém-nascidos em Bruxelas e Amsterdã, e o terceiro mais comum na Inglaterra?

    Uma "discussão oficial sobre o islamismo" e uma discussão subterrânea
    O escritor e jornalista norte-americano Christopher Caldwell publicou recentemente a sua última obra, "Reflections on the Revolution in Europe: Immigration, Islam and the West" ("Reflexões sobre a Revolução na Europa: Imigração, Islamismo e o Ocidente"), um livro altamente lido e permeado de ceticismo sobre a Europa e os seus imigrantes muçulmanos.

    O que o fascina a respeito do resultado da votação suíça é a contradição entre a rejeição do banimento dos minaretes nas pequisas e o apoio considerável que a proposta recebeu durante o referendo. "Isso significa que existe uma discussão oficial sobre o islamismo e, ao mesmo tempo, uma discussão subterrânea", afirma Caldwell. "Isso deveria preocupar os europeus".

    Caldwell não usa no seu livro os mesmos tons alarmistas de outros escritores conservadores que apelidaram o continente europeu de "Eurábia", e que veem a Europa - devido à taxa de natalidade mais elevada dos imigrantes - como um futuro bastião do "império mundial islâmico". Mas ele também escreve: "Não há dúvida de que a Europa emergirá mudada dessa confrontação com o islamismo. Mas há muito mais incerteza quanto à possibilidade de o islamismo mostrar-se assimilável".

    Caldwell acredita que os imigrantes muçulmanos têm tido maiores dificuldades do que outros grupos para se integrarem à sociedade europeia. Por outro lado, somente uma minoria consegue se identificar com o islamismo político, até por causa das guerras que o Ocidente tem travado contra o terrorismo islâmico no decorrer dos últimos anos. Por outro lado, a religião desses indivíduos está vinculada a atitudes conservadoras em relação às mulheres, às relações familiares, à liberdade sexual e aos direitos de gays e lésbicas. Essas atitudes religiosas são problemáticas para muitos europeus.

    Caldwell diz que, apesar de os muçulmanos constituirem-se em uma pequena minoria, a Europa está modificando as suas estruturas por causa deles: "Quando uma cultura insegura, maleável e relativista encontra uma cultura que é ancorada, confiante e fortalecida por doutrinas comuns, é geralmente a primeira que muda para adequar-se à última".

    Parte Dois: Temores Generalizados na Alemanha
    A Alemanha ainda não conduziu um debate nacional sério sobre essas questões. Em vez disso, o país tem se concentrado nos lenços de cabeça muçulmanos, um tópico que gerou um choque entre as duas culturas.

    Durante seis longos anos os alemães tentaram determinar se uma professora do Afeganistão deveria ter permissão para usar um lenço de cabeça na sua escola em Baden-Württemberg. O caso acabou chegando ao Tribunal Constitucional Alemão, que determinou que cabe aos Estados individuais emitirem legislações sobre os lenços de cabeça. Desde então, professoras da metade dos 16 Estados da Alemanha foram proibidas de usar os lenços.

    Quando houve conflitos - como aqueles em torno da construção de mesquitas -, estes ocorreram em um nível municipal. E isso geralmente levou a soluções bem alemãs, nas quais os planos de construção e de regulamentações de áreas desempenham um grande papel.

    Na cidade de Kehl, próxima à fronteira francesa, por exemplo, propostas para a construção de uma mesquita em uma área residencial foram rejeitadas. No entanto, ela pôde ser construída perto da estação ferroviária, tendo um minarete com a altura exata da torre da igreja. Já em outras situações, nem mesmo um pequeno minarete pôde ser construído, como em Augsburg, na Baviera. Enquanto isso, fracassou uma iniciativa dos cidadãos de Colônia de impedir a construção de uma grande mesquita central - uma das maiores da Europa.

    Mas, não obstante, há temores generalizados na Alemanha, conforme foi ilustrado pelo exemplo de uma igreja em Duisburg que foi recentemente convertida em mesquita. Membros da antiga congregação da igreja entregaram cerimoniosamente a casa de orações aos seus novos donos: "Mas nos pubs e nas conversas privadas, todo mundo reclamou, afirmando que os muçulmanos estão conquistando o poder na Alemanha", diz Rauf Ceylan, um professor de estudos religiosos da Universidade de Osnabrück. Ele afirma que os alemães têm um medo latente do islamismo.

    O paradoxo britânico
    O Reino Unido é o exemplo mais perturbador citado por vários pessimistas. Embora apenas pouco menos de 3% da população britânica seja muçulmana, em sua maioria vinda do Paquistão e de Bangladesh, em nenhum outro país da Europa tantos muçulmanos vivem totalmente isolados do resto da sociedade - em cidades como Bradford, Dewsbury e Leicester.

    A maior parte dos antigos residentes originais - ingleses da classe operária - mudou-se há muito tempo do distrito de Bury Park, em Luton, que fica 50 quilômetros ao norte de Londres. As ruas do lugar estão repletas de mulheres usando niqabs, o véu islâmico de face inteira que traz apenas uma pequena abertura para os olhos, e de homens com barbas grisalhas.

    Há também açougueiros halal (sistema de abate de animais segundo as leis muçulmanas) e dez mesquitas. Um minarete feito de tijolos ingleses vermelhos foi adoravelmente integrado a uma fileira de casas. Os muezins convocam os fiéis às preces por meio de alto-falantes.

    Nas ruas, os moradores falam bengali ou urdu. O centro comunitário oferece cursos de naturalização. As mesquitas ministram cursos anti-terrorismo financiados pelo Estado que são elaborados para imunizar os jovens muçulmanos contra a propaganda dos extremistas. Antigamente o bairro costumava ser frequentado por religiosos muçulmanos convidados que pregavam o ódio, e foi daqui que saíram os quatro militantes suicidas para atacar o sistema de transporte de Londres e matar 52 pessoas em 7 de julho de 2005.

    Mas muitos muçulmanos de segunda, terceira e quarta geração já se mudaram há muito tempo deste lugar. Eles têm alto nível educacional, possuem cidadania britânica, e trabalham como médicos, advogados e políticos.

    O Estado britânico fez mais no sentido de acomodar as necessidades culturais dos seus cidadãos muçulmanos do que qualquer outro país europeu. Policiais femininas muçulmanas têm permissão para cobrir o cabelo com lenços. O lenço faz parte do uniforme delas.

    Durante os últimos dois anos, os muçulmanos britânicos têm podido também recorrer a tribunais de arbítrio muçulmanos que são baseados na lei Sharia. As decisões desses tribunais têm peso legal para ambas as partes em um conflito. Se necessário, um funcionário do judiciário britânico faz cumprir a sentença. Esta prática é única na Europa.

    Esses tribunais de arbítrios foram criados pelo xeque Faiz-ul-Aqtab Siddiqi. Atualmente os seus tribunais de lei Sharia analisam casos em sete cidades inglesas e nada têm a ver com decepar mãos ou apedrejar pessoas até a morte. Eles só lidam com disputas civis, e somente se ambas as partes concordarem com o processo.

    Esses tribunais reuniram-se cerca de 600 vezes nos últimos 12 meses, lidando principalmente com disputas entre parceiros empresariais, problemas de bairros e até mesmo questões de herança. Segundo Siddiqi, eles têm permitido que os muçulmanos britânicos sejam capazes de identificar-se mais fortemente com o Reino Unido.

    Até que ponto o islamismo pode ser visível na França?
    Jocelyne Cesari, uma especialista francesa em islamismo, diz que a situação britânica é um paradoxo: "Por um lado, há uma próspera classe média muçulmana, e, ao mesmo tempo, aquele é o país com o maior número de muçulmanos vivendo em distritos isolados e adotando as posições mais radicais".

    Ela não vê problemas nos tribunais de arbítrio baseados na lei Sharia, contanto que eles não conflitem com as leis tradicionais do país. Segundo Cesari, compromissos são aceitáveis em áreas que conflitem com os direitos da maioria e não desrespeitem nenhuma lei.

    "O multiculturalismo não significa que a velha maioria estabelecida tenha direitos especiais", afirma ela, acrescentando que o postulado de Caldwell de que o islamismo é incompatível com os valores europeus é uma mistura de meias verdades e preconceitos: "Os muçulmanos estão sem dúvida preparados para se adaptarem - eles adotam com frequência uma postura crítica em relação à sua própria religião".

    Mas Cesari diz que existe uma luta em torno do reconhecimento simbólico do islamismo: "Durante as primeiras décadas, os muçulmanos criaram modestas salas de orações. Agora eles desejam ter instalações que compitam com as igrejas e catedrais da Europa". Ela afirma que, como o cristianismo tem se afastado cada vez mais da esfera pública, muitos europeus veem as mesquitas como uma provocação.

    Atualmente a França está procurando determinar oficialmente até que ponto o islamismo pode ser visível dentro das fronteiras do país. Esse debate está ocorrendo em uma sala sem janelas do subsolo de um edifício parlamentar em Paris. Cadeiras de couro escuro estão arrumadas em círculo, e na frente da parede principal de madeira senta-se André Gerin, o diretor do comitê parlamentar que investiga a questão do "uso dos véus de corpo inteiro".

    Gerin, um comunista, é prefeito do subúrbio de Vénissieux, em Lyon, há mais de 24 anos. Ele usa um terno cinza de listras finas com calças que estão meio curtas. Gerin diz que fez pressões para a criação deste comitê porque a burqa está ameaçando os ideais republicanos da França.

    À direita de Gerin, sentado em frente aos membros do comitê, está Tariq Ramadan, um controverso e inteligente filósofo e teólogo muçulmano que tem cidadania suíça. Ramadan usa um terno escuro e exibe uma barba de três dias. Ramadan se opõe a uma lei que proibiria o uso da burqa porque, segundo ele, isso só estigmatizaria o islamismo.

    "Monsieur Ramadan", diz Gerin, formulando a sua primeira questão. "O uso da burqa é uma obrigação religiosa? Ou você vê - assim como nós - esta prática como uma forma de opressão da mulher?".

    "Não", responde Ramadan. "Não existe obrigação de se usar a burqa e sem dúvida há homens que obrigam as suas mulheres a usar essa veste contra a vontade delas. Mas uma lei só provocaria mais isolamento".

    "Sendo assim, o que você sugere?", indaga o diretor da comissão. "A aplicação das leis existentes", diz Ramadan. "É claro que uma mulher que usa a burqa teria que mostrar a face durante uma verificação de identidade. Mas precisamos entender finalmente que o islamismo tornou-se uma religião francesa".

    Ramadan é o 145º especialista a ser entrevistado. Durante anos ele tem defendido um islamismo autoconfiante na Europa, adaptado às demandas da era moderna e compatível com as conquistas europeias como o respeito aos direitos humanos e a democracia. Os seus oponentes acusam Ramadan de ser um mentiroso hipócrita que estaria tentando transmitir uma falsa sensação de segurança à população europeia.

    Os europeus reduzem o islamismo à burca?
    Gerin gostaria de iniciar um debate sobre até que ponto a França - com a sua separação estrita entre igreja e Estado - está disposta a aceitar o islamismo. Ele afirma que só está usando a burca como um catalizador. O serviço de inteligência interna da França identificou apenas 367 mulheres em todo o país que usam burqa. De todos os problemas associados aos seis milhões de muçulmanos do país, as burqas são provavelmente o menor deles.

    Muitos religiosos muçulmanos acusam os europeus de reduzirem o islamismo à burqa, a burqa ao Taleban, e o Taleban a Osama Bin Laden. Esses indivíduos afirmam que as pessoas falam sobre eles como se todos fossem radicais islamitas, e não já estivessem morando no país há décadas.

    Mas Gerin alcançou o seu objetivo. Na sua sala de audiências a República Francesa está lutando com a exceção à regra - em nome da liberdade, da igualdade e da fraternidade.

    "Como podemos aceitar ataques à liberdade pessoal de qualquer pessoa no nosso país? Como é que os governantes não têm respostas para essas questões? Como isso é possível na França secular?", questiona Gerin.

    Gerin é um comunista que move uma campanha para defender os ideais republicanos, e um prefeito que defende a sua cidade. Mas ele é também um realista: "Estamos cerca de 25 anos atrasados, mas nós temos que finalmente aceitar que os muçulmanos têm o direito de estabelecerem-se aqui", diz ele. "Mas eles terão que se adaptar à nossa sociedade".

    O debate francês sobre a burqa tem algo em comum com a proibição dos minaretes na Suíça: ambos estão atacando um símbolo, mas eles têm um outro objetivo. Eles são movidos pela esperança de que possam reduzir a influência do islamismo ao limitar a sua visibilidade. É mais fácil lutar quanto a questões sensíveis do que lidar com problemas concretos - discutir a respeito de meninas que não participam de aulas de natação, comida halal em refeitórios de companhias e orações durante a jornada de trabalho. Isso é também uma estratégia bastante impotente.

    Um "choque de culturas" na Bélgica
    Em Antuérpia e em vários outras cidades belgas, há anos as mulheres são proibidas de cobrir as faces. A polícia já advertiu várias mulheres que usavam niqabs e burqas. Mas na verdade faz muito tempo que a proibição não é um problema neste país - de fato, é difícil encontrar muçulmanos que se irritem com isso.

    Por outro lado, os lenços de cabeça islâmicos têm sido motivo de grande controvérsia em Antuérpia. Esta é uma cidade portuária cosmopolita, mas nas recentes eleições locais um terço dos eleitores apoiaram o Vlaams Belang (Interesse Flamengo), um partido político de direita que possui uma plataforma anti-imigração. Três anos atrás, um prefeito socialista foi o primeiro a proibir os lenços de cabeça no setor público. Desde setembro essa proibição inclui também os alunos de escolas.

    Karin Heremans, 46, é a diretora do Royal Antheneum de Antuérpia, uma famosa escola de segundo grau que lembra uma fortaleza no centro de Antuérpia. Ela é loura e usa um vestido de seda curto e batom rosa, o que faz com que tenha uma aparência oposta à das garotas da sua escola, a maioria das quais é muçulmana. Elas usam camisas de gola alta e lenços de cabeça, pelo menos até chegarem ao espelho que está pendurado no salão de entrada, onde as meninas têm que tirar os lenços de cabeça.

    Quando se tornou diretora da escola em 2001, apenas dez dias antes dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos, Heremans jamais teria achado que um dia proibiria os lenços de cabeça. Mas foi naquele momento que irrompeu o "choque de culturas", conforme ela denomina o fenômeno, e com esse termo ela não se refere ao choque no mundo externo, mas ao conflito dentro do pátio da sua própria escola.

    No início, os professores continuaram falando às alunas sobre Darwin, e havia desfiles de moda e até mesmo uma viagem de campo a Istambul. Tudo parecia possível. Em 2005, Heremans chegou a escrever um livro no qual rejeitava uma proibição dos lenços de cabeça e dizia acreditar que as diferenças culturais são enriquecedoras.

    Mas um número cada vez maior de escolas em Antuérpia proibiu os lenços de cabeça, e mais e mais garotas foram transferidas para o Antheneum. Esta foi a última escola a não impor a proibição. Finalmente, as meninas passaram a vir para a escola totalmente cobertas, dos pés à cabeça, com casacos longos e luvas, e um representante de uma organização islâmica ficava na entrada e observava quais delas removiam os lenços na escola.

    "Nós trocamos a palavra tolerância por reciprocidade", diz Heremans. "Todos os que desejarem liberdade de religião precisam respeitar a liberdade de religião dos outros". É preciso haver valores inalienáveis, como igualdade entre os sexos, liberdade de expressão e religião e respeito, diz ela. Poucos dias após Heremans decretar a sua proibição, a diretoria da escola aprovou a medida. A partir do ano que vem, os lenços de cabeça - e todos os outros símbolos religiosos - estarão proibidos em todas as 700 escola públicas de Flandres. Agora muitas garotas frequentam escolas islâmicas ou estudam apenas em casa.

    O maior desafio da Europa?
    A polêmica em torno do lenço de cabeça em Antuérpia é um dos últimos exemplos das questões com as quais a Europa se defronta. Será que o continente será capaz de preservar os seus valores - e liberdades - limitando as liberdades pessoais?

    Lidar com o islamismo talvez seja o maior desafio com o qual a Europa se depara. Se o continente for capaz de preservar os seus próprios valores sem discriminar os muçulmanos, um consenso quanto a valores poderá ser alcançado e os muçulmanos europeus poderão tornar-se um modelo para o mundo muçulmano. No entanto, caso fracasse, a Europa poderá trair os seus próprios valores, e os populista poderão vencer. As soluções simplistas destes últimos atiçarão as chamas do choque de culturas.

    Há vários argumentos contra os alarmistas que temem que a Europa esteja a caminho de tornar-se uma colônia árabe. A vasta maioria dos muçulmanos se adapta ao seu novo país, é menos religiosa do que nos seus países de origem e aceita a cultura predominante. Além disso, os temores quanto às elevadas taxas de natalidade dos imigrantes muçulmanos mostraram-se exagerados. Na segunda e na terceira gerações, esses índices caem para a média nacional.

    Mas às vezes os medos são mais poderosos do que os fatos, e com frequência uma proibição de minaretes não tem nada a ver com minaretes. Nas cidades suíças onde muçulmanos e cristãos coexistem há muito tempo, a iniciativa não conseguiu obter a maioria dos votos. No cantão montanhoso de Appenzell-Innerrhoden, onde só ha 500 muçulmanos, 71% dos votos foram favoráveis à proibição dos minaretes.

    Já em Langenthal, uma pequena cidade rural na qual havia planos para a construção de um minarete, o índice de apoio à proibição foi quase exatamente igual à media nacional suíça.

    Tradução: UOL

    sábado, 12 de dezembro de 2009

    NO CALDEIRÃO

    Ontem, no Caldeirão.

    Cerveja, chopp, caipirinha, vodka e tequila.  Ah, sim, e Cuba Libre.


    Rock dos anos 80, MPB de todas as épocas.

    Skank, Paralamas, Wanessa Camargo, Roberto Carlos, Djavan e um milhão de músicas que você conhece, mas não faz a menor idéia de quem está cantando.

    Fila para pagar, fila para ir banheiro e fila para fumar.

    E eu, incontrolável...

    Paz e Bem!

    EM SEIS DIAS

    Em seis dias, eu penduro as chuteiras.

    Em seis dias, eu jogo a toalha.

    Em seis dias, eu beijo a lona.

    Em seis dias, eu rodo a baiana.

    Em seis dias, eu subo o morro com a lata d´água na cabeça.

    Em seis dias, "até logo".

    Em seis dias...

    Paz e Bem!

    sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

    O EXTERMINADOR SALVA JESUS

    Fugindo um pouco dos textos sérios, abaixo coloco um link para um vídeo do YouTube.

    O vídeo é uma sátira a O Exterminador do Futuro, no qual o robô é enviado à Palestina, no ano zero, para proteger Jesus Cristo.

    O endereço é  http://www.youtube.com/watch?v=pF8iLo2OTzM.

    Vale a pena conferir!

    Paz e Bem! 

    PABLO MASSOLAR, EM "A OVELHA MAGRA"

    Eu tenho esperança no impossível


    O que escrevo aqui, hoje, só cabe na tábua do coração, na sede dos sentimentos da alma. Não se consegue contê-lo nos livros, nem nas telas frias dos computadores, está para além de qualquer coisa que possa ser mensurável.
    O que será dito não cabe dentro dos tratados teológicos, não cabe nas ideologias agonizantes dos homens das filosofias fúteis e estéreis nelas mesmas. Não cabe na mentalidade esquizofrênica daqueles que, mesmo em vida, negam o querer viver para além. O que será dito não pode ser compreendido por aqueles que já morreram louca e desesperadamente para o saber crer no que não se vê.
    Quem espera desta vida que ela se resolva por aqui mesmo, somente, e não consegue ver para além dela mais nada, com muita dificuldade vai aprender a esperar ou crer nas coisas que existem sem serem vistas. Há poderes que matam e poderes que dão vida, cada pergunta e resposta que fazemos e damos à vida nos aproximam mais um pouco da morte ou mais um pouco da vida.
    A esperança faz parte do grupo de poderes e saberes que nos aproximam mais um pouco e às vezes totalmente da vida. Esperança não se compra, não se manda entregar, é intransferível, pode até ser contagiante, mas só se consegue experimentá-la pessoalmente. Não é construída nem ornamentada de saberes egoístas. A esperança nasce simplesmente do aprender a confiar Naquele que nada lhe é impossível ou demasiadamente difícil.
    Esperança não tem nome, tem esperas, às vezes solitárias e outras sufocantemente dolorosas, mas ela permanece lá, intacta, imóvel, absoluta, pura e simples, nos esperando nas esquinas da vida. O problema é que nem sempre queremos ou sabemos que é preciso dobrar as esquinas. Paralisamos de medo quando não percebemos que depois da esquina tem mais calçadas. Muita gente pensa que o caminho termina na esquina, mas é ali mesmo, do outro lado dela que se encontra a esperança. Esperança de conseguir chegar, de conseguir vencer, do alívio de saber que não estamos numa rua sem saída, o que apareceu foi só mais uma incerteza de saber o que tem do outro lado da esquina. Mas quem precisa saber o que tem depois da esquina quando sabemos que a esperança tem esperança de nos encontrar também? Aprendendo este segredo o “bicho-papão da futuro” vira um filhotinho brincalhão de cão labrador. Quem já sabe que do outro lado só tem esperança não vai encontrar medo pelo caminho.
    Ela, a esperança, mora tanto no coração dos reis como dos mendigos, dos infames e dos santos. A esperança não é preconceituosa, todo aquele que se aproxima dela recebe sua atenção doce e amável. A esperança não nega bondade alguma para quem está apaixonado ou somente faz perguntas sobre a vida. Por ser tão irremediavelmente cheia de amor, de uma forma ou de outra, até quem não ama pode encontrar esperança para aprender a amar novamente.
    Quem deixou de viver faz tempo, quando crê na esperança, volta a ter vida! A esperança chama para a existência quem não existia mais. Ele, o Pai da esperança, chamou à existência as complexidades atômicas e subatômicas, visíveis e invisíveis. Não poderá fazer o que quiser com quem não mais existiria não fosse o implante vivificante da esperança em sua alma?
    Quem criou a esperança também criou o tornar possível, criou a luz quando só existiam trevas. Trouxe à existência o que nunca havia existido antes, inventou galáxias, universos, poderes, nos deu de presente o desafio de aprender a esperar por seu amor.
    Sim! Quem criou existencialmente a esperança, conjugou o verbo amar em todos os tempos, perfeitos e imperfeitos. E Ele, pessoalmente, antes que alguém lhe desse um nome ou apelido, esperançosamente já pintava com detalhes todas as alegrias de esperar de volta, com todo amor possível e impossível, um “oi” da nossa parte. Muita gente passa desapercebida pela vida, sem saber que o “oi” Dele já foi dado, agora só falta o nosso.
    Você pode decidir, aqui e agora, como vai (ou não) devolver ao seu coração a esperança que já lhe pertence. Ela é um dom que já foi dado a todos, grandes e pequenos, fortes e fracos, puros ou impuros, corajosos ou medrosos. Está sobre a mesa da existência humana, é gratuita, não tem contra-indicações e só faz bem. Pode pegar, é sua!
    Quando descobrimos que todas as coisas, sim, todas mesmo, as boas e as não tão boas assim, cooperam e conspiram para o bem daqueles que amam a Deus, então o medo perde o sentido, a confiança ganha poderes impossíveis e a vida passa a ser um novo começo todas as manhãs.

    O Deus que garante que não esperamos em vão lhe abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

    AGRADECIMENTO AOS AMIGOS

    Este é um agradecimento aos amigos que participaram da minha vida este ano.

    Não falarei seus nomes, pois vocês sabem quem são.

    Alguns lêem este blog; outros, não. Mas a todos, indiscriminadamente, dou um abraço e estendo minhas mãos, em agradecimento.

    Agradeço aos novos amigos que surgiram, e peço que tenham paciência comigo, pois eu sei que sou difícil de lidar.

    Aos velhos amigos que, justamente por eu ser difícil de lidar, ou que, por qualquer outra razão, se afastaram ao longo dos dias, eu lhes agradeço a todos por retornarem.

    Gostaria de encerrar com alguma frase sobre amizade, mas não tenho nenhuma agora.

    Apenas digo "obrigado" e prometo tentar estar por aqui sempre que precisarem.

    Paz e Bem!

    MESTRADO

    Estou matriculado no Mestrado da PUC. O curso é Ciências da Religião.

    As aulas começam em 8 de fevereiro.

    Neste primeiro semestre, o foco é aperfeiçoar e fechar o tema de pesquisa. Vou estudar apenas três disciplinas nesse primeiro módulo:

    - Introdução à Pesquisa em Ciências da Religião I e II (duas matérias, com ênfase em epistemologia e metodologia)

    - Sociologia da Religião: Pesquisando Religião no Contexto Brasileiro Atual.

    Acabei me saindo muito bem no processo seletivo, o que deve ajudar a conquistar uma bolsa de estudos no futuro (a partir de maio, estão abertas as inscrições da Capes e do CNPQ.

    Paz e Bem!

    CONVERSÃO: PRÉVIA

    Esta é uma anotação prévia; e não o texto definitivo.

    O processo de conversão religiosa - independente do credo, ou religião, escolhida - é um misto de fatores sociais, psicológicos e culturais, e deve ser compreendido dessa forma.

    A conversão aqui discutida é aquela que é feita a alguma denominação cristã.

    O processo de conversão é permanente. Não se trata de um momento no tempo e no espaço, mas de um processo contínuo de adoção de valores e conformação da vida a esses novos conceitos e paradigmas.

    No cristianismo, a primeira conversão - e, talvez,a mais fundamental - é a de Saulo de Tarso, que se tornaria Paulo, o Apóstolo dos Gentios (não-judeus).

    Exemplos de conversão permanente: Paulo (cristianismo) e Davi (judaísmo). No caso de Davi, a concepção de conversão permanente também pode ser vista como um esforço de melhoramento pessoal.

    Importante: dentro da concepção cristã, ancorada na noção de Graça (Santo Agostinho, Paulo e Lutero), o processo de conversão não parte de uma decisão pessoal do sujeito, mas é uma ação de Deus.

    Breves notas e lembretes, para um texto mais amplo a ser desenvolvido.

    Paz e Bem!

    quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

    CAIO FÁBIO, MEU AMIGO

    Gostaria de deixar aqui algumas palavras sobre o pastor Caio Fábio, o autor cujos textos, sem dúvida, são os mais reproduzidos neste blog.

    Escrever algumas palavras sobre esse homem é um elementar ato de justiça, extremamente básico mesmo.

    Bom, não pretendo oferecer uma biografia de Caio Fábio. Acho que seria mais interessante tecer pequenos comentários sobre o seu trabalho e sobre sua influência.

    Minha expectativa com esse texto é fazer com que você, leitor, ou leitora, fique motivado a correr atrás de mais informações, e visite os websites que contam com materiais (textos, livros, vídeos e mensagens em áudio) disponibilizados para acesso gratuito.

    Os websites são:

    1. Caio Fábio - http://www.caiofabio.com.br

    2. Vem e Vê TV - http://www.vemevetv.com.br

    Conheci Caio Fábio pessoalmente no ano passado, durante uma visita que ele fez a São Paulo, para pregar no Caminho da Graça local. 

    Fiquei muito impresionado com sua exposição. Infelizmente, não me lembro mais do tema abordado na pregação. 

    O que me impressionou em Caio Fábio foi a lógica interna de sua exposição e argumentação, bem como o seu udo da linguagem, simples e enérgica.

    Pessoalmente, me pareceu um homem que mistura em si uma grande quantidade de alegria e entusiasmo, assim como uma tristeza profunda. 

    Ou seja, ele é um ser humano, assim como nós, eu e você. 


    Há alguns anos, o pastor Caio Fábio deu início ao Caminho da Graça, um movimento cristão que está espalhado por vários pontos do mundo, a partir da reunião de pessoas que, a seu modo, e com sua compreensão, estão tentando trazer para a vida os ensinamentos de Jesus de Nazaré.

    O seu trabalho, além dos deveres de um pastor, como o aconselhamento, por exemplo, está voltado, também, para a produção intelectual. E o homem escreve muito, e muito bem.

    Como disse antes, só o encontrei uma vez, mas tenho certeza de que somos amigos. Pois, apesar de nossas deficiências e erros, pensamos parecido sobre uma série de coisas.

    E o que faz as amizades florescerem, além de intimidade e concordância?

    Paz e Bem!